Abílio avalia revogar decreto de calamidade após economia de R$ 138 milhões

Prefeito cita equilíbrio nas contas e pagamento em dia de salários como sinais de recuperação; medida pode ser anulada antes do prazo de 180 dias.

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta terça-feira (6) que estuda revogar o decreto de calamidade financeira publicado no início de sua gestão, em 3 de janeiro deste ano. A decisão final depende de uma análise mais aprofundada da equipe econômica da prefeitura, mas os primeiros resultados financeiros indicam que a medida emergencial pode ser suspensa antes do prazo de 180 dias inicialmente previsto.

A declaração foi dada durante entrevista coletiva, na qual o prefeito citou como sinal positivo o pagamento da folha salarial de abril dentro do mês — feito que não havia ocorrido desde sua posse. Segundo ele, a gestão conseguiu economizar R$ 138 milhões em contratos públicos, valor 38% superior à meta inicial de redução de R$ 100 milhões.

“Não depende só de mim. Depende do Bussiki e do Nivaldo, que são os responsáveis pela parte financeira e de planejamento. Se eles comprovarem que todas as fases foram concluídas, podemos revogar. Acredito que já estamos em uma fase bem melhor”, explicou Abílio, referindo-se ao secretário de Economia, Marcelo Bussiki, e ao secretário de Planejamento, Nivaldo de Almeida.

O decreto de calamidade financeira foi uma das primeiras medidas do prefeito, motivado pelo cenário fiscal encontrado na transição de governo. Conforme levantamento da equipe econômica, entre 2017 e 2024 as despesas da administração cresceram 135%, enquanto a receita teve aumento de apenas 115%. No mesmo período, a dívida do município saltou para R$ 1,6 bilhão, comprometendo a capacidade da prefeitura de manter e ampliar serviços públicos.

Além disso, o diagnóstico apontou um déficit acumulado de R$ 518 milhões e despesas de R$ 369 milhões sem previsão de pagamento deixadas pela gestão anterior.

Com a possível revogação do decreto, a expectativa é que a prefeitura avance para uma nova fase de organização fiscal e ampliação de investimentos. A decisão final será tomada com base em relatórios oficiais das secretarias de Economia e Planejamento.

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