Medida eleva salário dos parlamentares a R$ 18,1 mil e gera revolta na população local.
Na terça-feira (11), a Câmara Municipal de Tangará da Serra aprovou dois projetos de resolução que estabelecem auxílios de saúde e alimentação, totalizando R$ 5 mil mensais para os vereadores. Com esse acréscimo, os salários dos parlamentares podem chegar a R$ 18,1 mil, o que gerou forte reação da população, que protestou com vaias e gritos durante a sessão.
Os manifestantes, indignados com a medida, se fizeram ouvir com palavras como “vergonha” e “vagabundos”, levando o presidente da Câmara, Edmilson Porfírio (Podemos), a suspender a sessão por 10 minutos e determinar a retirada dos manifestantes, que, segundo ele, estariam atrapalhando os trabalhos.
A justificativa para os projetos, apresentados pelos 14 vereadores, foi a margem orçamentária da Câmara, que contará com um duodécimo de R$ 15 milhões para 2025. Agora, as propostas precisam da sanção ou veto do prefeito Vander Masson (União Brasil) para entrarem em vigor.
Com a aprovação, o salário dos vereadores, que atualmente é de R$ 6,7 mil, será elevado em R$ 5 mil. O presidente da Câmara, que já recebe R$ 9,7 mil, também será beneficiado. Além dos novos auxílios, os vereadores já contam com uma verba indenizatória de cerca de R$ 6,4 mil, elevando os pagamentos para R$ 18,1 mil mensais.
Esclarecimento da Câmara Municipal
Diante da repercussão negativa, a Câmara Municipal emitiu uma nota explicando que os recursos destinados aos auxílios vêm exclusivamente do duodécimo da Câmara, sem impacto no orçamento da Prefeitura. A nota destacou que os auxílios não prejudicam áreas essenciais como educação, saúde, saneamento básico e infraestrutura, e ainda fez questão de ressaltar que diversas outras Câmaras Municipais pelo Brasil têm adotado medidas semelhantes. A instituição também afirmou que os valores estão disponíveis para consulta no site oficial da Câmara.