Estudantes da ETEC de Campo Verde desenvolvem EcoTijolo sustentável feito de resíduos de algodão

Projeto inovador visa reduzir custos de construção, melhorar a eficiência energética e promover a sustentabilidade.

Estudantes da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde, em Mato Grosso, desenvolveram um tijolo ecológico a partir de resíduos da produção do algodão, um dos principais produtos agrícolas da região. O projeto, chamado “EcoTijolo”, foi idealizado no curso Técnico em Têxtil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), com o objetivo de unir inovação tecnológica e sustentabilidade.

O EcoTijolo é produzido a partir da coleta de resíduos sólidos gerados no beneficiamento do algodão, como caroços, fibras residuais e partículas. Após a coleta, os materiais são secos ao sol para remoção da umidade, triturados e misturados com areia e cimento em proporções específicas. Testes laboratoriais demonstraram que a resistência do EcoTijolo é similar à dos tijolos convencionais, o que torna o produto viável para construções de pequeno e grande porte.

A iniciativa visa não apenas reduzir o custo de produção, tornando o tijolo mais acessível, mas também contribuir para a preservação ambiental. O uso de resíduos do algodão ajuda a minimizar o desperdício e a emissão de carbono, além de reduzir a extração de recursos naturais. Um dos grandes diferenciais do EcoTijolo é sua capacidade de reduzir a temperatura dos ambientes onde é aplicado, tornando as construções mais frescas e eficientes energeticamente.

A professora orientadora do projeto, Manoela Lara Dias, destacou o impacto social e educacional do trabalho. Segundo ela, o EcoTijolo é uma solução prática que integra setores da agricultura, educação e sociedade, contribuindo para um futuro mais sustentável. “Esse projeto coloca a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade e transforma resíduos em possibilidades”, afirmou.

Além disso, o projeto promoveu o fortalecimento dos laços entre a escola e a comunidade. O uso do EcoTijolo em construções locais, como escolas, centros comunitários e residências, proporciona benefícios diretos à população e desenvolve nos alunos uma visão empreendedora e sustentável. Participaram do desenvolvimento do projeto os estudantes Evandro Carlos Almeida de Aguiar, João Gabriel de Oliveira Mello, João Kelwin Nunes Pereira, Karllos Henrik de Azevedo Alves e Victor Gabriel dos Santos.

Evandro Carlos, um dos alunos responsáveis pelo projeto, ressaltou a importância do apoio da escola para o sucesso da iniciativa. “O apoio da professora orientadora e da escola foi fundamental, e o desenvolvimento deste trabalho contribuiu bastante para o nosso aprendizado”, afirmou.

A Seciteci, que atualmente conta com 15 escolas técnicas, expandirá para 17 unidades em 2025, oferecendo cursos voltados para as demandas regionais de Mato Grosso, como Agronegócio, Agricultura, Meio Ambiente e Saúde Bucal. A inovação no ensino técnico, como o EcoTijolo, é um exemplo de como a educação pode gerar soluções criativas e sustentáveis para os desafios da atualidade.

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Roselaine dos Anjos

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