Medida gera polêmica e divide opiniões dentro e fora do Congresso Nacional.
No dia 12 de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê a castração química como punição para condenados por crimes de pedofilia. A proposta, originada de uma emenda do ex-ministro Ricardo Salles (Novo-SP), foi aprovada com 267 votos a favor, 85 contrários e 14 abstenções.
A sessão foi marcada por intensos debates entre governistas e opositores. Enquanto a oposição orientou seus parlamentares a votar favoravelmente, o bloco governista posicionou-se contra. No entanto, a federação encabeçada pelo PT liberou seus membros para decidir individualmente, resultando em uma divisão: dos 53 petistas presentes, 33 votaram contra, dez a favor, e outros dez se abstiveram.
Opinião pública
A proposta repercutiu amplamente nas redes sociais e entre a população. Em uma enquete realizada por um veículo de comunicação, 815 pessoas responderam sobre suas percepções em relação à medida:
- 73,99% disseram concordar com a castração química, classificando-a como uma punição justa para crimes de pedofilia;
- 16,44% discordaram, argumentando que o Estado deve adotar outras formas de punição;
- 9,57% afirmaram não ter uma opinião formada e apontaram a necessidade de mais debates sobre o tema.
O que é castração química?
A castração química é um tratamento médico que utiliza medicamentos para reduzir a libido e a atividade sexual. Apesar de seu caráter não invasivo, o método é alvo de controvérsias, principalmente por organizações de direitos humanos, que questionam sua eficácia e ética.
Próximos passos e discussões
Com a aprovação na Câmara, o projeto agora segue para análise no Senado. A medida ainda deve enfrentar forte resistência em setores da sociedade civil e entre especialistas, que levantam dúvidas sobre sua constitucionalidade e impacto real na redução de crimes.
O tema segue dividindo opiniões e promete ser alvo de amplos debates no Congresso e na sociedade.