Mauro critica programas sociais e defende qualificação como caminho para autonomia

Mendes afirma que benefícios assistenciais estariam promovendo dependência e propõe investimento em capacitação, inclusive para povos indígenas.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), expressou sua preocupação com o impacto dos programas sociais durante uma entrevista à Record News na última sexta-feira (25). Mendes argumentou que o auxílio financeiro estatal estaria criando uma cultura de “dependência” entre a população. “Estamos exagerando, dando muito e cobrando pouco, gerando uma categoria de pessoas que estão ficando dependentes desses programas sociais. Isso não é bom para elas e muito menos para o Brasil,” declarou o governador.

Mendes sugeriu uma abordagem mais focada em qualificação profissional, destacando que é preciso “não só dar o peixe, mas ensinar a pescar”. A crítica foi feita enquanto Mendes comentava sobre o programa estadual Ser Família, liderado pela primeira-dama Virginia Mendes, que visa oferecer assistência básica para populações em situação de vulnerabilidade.

O governador ampliou o discurso ao defender que os povos indígenas brasileiros tenham acesso a oportunidades de produção e empreendedorismo, similar a práticas observadas em países como Estados Unidos e Canadá, onde comunidades indígenas frequentemente operam negócios. “No Brasil, a visão foi de que eles têm que ficar isolados na floresta, vivendo de caça e pesca que está acabando. Os rios estão se transformando, e esses indígenas precisam receber apoio para produzir,” argumentou Mendes, ressaltando a necessidade de uma nova perspectiva de desenvolvimento sustentável para essas comunidades.

Exemplo de autonomia indígena em Mato Grosso

Para ilustrar seu ponto, Mendes citou o caso de uma etnia em Mato Grosso que detém 1,2 milhão de hectares de terra e cultivou soja e milho em uma pequena parcela dessa área, totalizando 21 hectares. Segundo o governador, a introdução dessas atividades produtivas contribuiu para melhorias na saúde da comunidade, além de fomentar o retorno de indígenas que haviam deixado a aldeia em busca de trabalho.

A fala do governador reflete um apelo por políticas que incentivem a autonomia das minorias e, ao mesmo tempo, levanta questões sobre a eficácia dos programas assistenciais. A sugestão de Mendes é que os benefícios sejam reestruturados para criar um equilíbrio entre assistência e capacitação, com o objetivo de promover independência e desenvolvimento econômico, especialmente em áreas rurais e comunidades tradicionais.

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Redação MT Política

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