Manobra política impede votação de abertura da Comissão Processante contra Emanuel

Aliados do prefeito evitam quórum em sessão e blindam gestor a dois meses do fim do mandato.

Uma manobra articulada pela base aliada do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) impediu que o pedido de abertura da Comissão Processante contra o gestor fosse votado na sessão desta terça-feira (1º). A ausência de quórum no plenário, ou seja, a quantidade mínima de vereadores para a apreciação da proposta, inviabilizou a votação, segundo a autora do requerimento, vereadora Maysa Leão (Republicanos). Ela acusa os parlamentares de protegerem o prefeito, que finaliza sua gestão em apenas dois meses.

“Eu protocolei uma comissão processante respaldada com provas concretas. O prefeito Emanuel Pinheiro é o líder desse processo de deterioração e destruição da cidade de Cuiabá. Covardes. Dizer que estão em exercício do mandato na rua, fazendo campanha com dinheiro público, é um absurdo. Eu esperava esse plenário cheio”, desabafou a parlamentar durante seu discurso no Plenário.

O pedido da vereadora tem como base investigações das Operações Oráculo e Athena, que apuram suspeitas de fraudes na área da Saúde municipal. No documento apresentado, Maysa Leão argumenta que Emanuel Pinheiro tem atuado de maneira incompatível com a dignidade e o decoro exigidos para o cargo de prefeito, além de imputar ao gestor infrações político-administrativas, requerendo a cassação do mandato.

A parlamentar ainda destacou que, dos 14 vereadores ausentes na sessão, sete justificaram suas faltas, informando que estavam a serviço do mandato. Entre eles, destacam-se Dídimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Podemos), Renivaldo Nascimento (PSDB), Rogério Varanda (PSDB), Mário Nadaf (PV), Marcos Britto Jr. (PV) e Marcrean Santos (MDB). Já outros vereadores, como Lilo Pinheiro (PP), Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) e Wilson Quero Quero (PMB), sequer apresentaram justificativas.

Os parlamentares Adevair Cabral (Solidariedade), Chico 2000 (PL) e Lemes (PSD) chegaram a comparecer ao plenário, mas se ausentaram no momento da votação. Maysa criticou duramente a postura dos colegas. “Se ausentar hoje é dizer que eles estão a favor do prefeito. A falta de posicionamento em vir aqui mostra que eles não têm nem hombridade para defender suas convicções”, concluiu.

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Redação MT Política

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