Cantor sertanejo é acusado de ligação com apostas ilegais e movimentação milionária; defesa nega e alega excesso da operação policial.
Na tarde desta segunda-feira (23), a Justiça de Pernambuco decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima. A ordem partiu da juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do estado, após o artista se tornar alvo da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais.
A empresa Balada Eventos, da qual Gusttavo Lima é sócio, está no centro da investigação, por ter recebido uma quantia significativa de um site de apostas chamado Esportes da Sorte. De acordo com a colunista Fábia Oliveira, os documentos apontam que entre março e dezembro de 2023, a Balada Eventos recebeu R$ 8.189.600 em 26 transações. No mesmo período, a Esportes da Sorte recebeu mais de R$ 27 milhões de duas outras empresas, ZRO Pagamentos e Pagfast, ambas também sob investigação.
A N & R Empreendimentos e Participações Ltda, que possui 98% da sociedade na Balada Eventos ao lado de Gusttavo Lima, também foi atingida pela decisão judicial, com o bloqueio de R$ 20 milhões em ativos. Além disso, a venda de um avião pelo cantor está sendo analisada como parte das movimentações financeiras suspeitas.
Gusttavo Lima, por sua vez, criticou a inclusão de seu nome e da Balada Eventos no processo, afirmando que a empresa foi envolvida apenas por realizar transações comerciais com as companhias investigadas. Em sua defesa, o cantor declarou: “Houve um excesso, sim, por parte da autoridade. Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse contas dos valores recebidos dessas empresas. Inserir a Balada Eventos como integrante de uma suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro? Aí é loucura!”, disse Gusttavo, defendendo que os fatos serão esclarecidos em juízo.
A operação segue em andamento, com a polícia buscando aprofundar as conexões entre as empresas envolvidas no esquema. Enquanto isso, o cantor sertanejo enfrenta uma batalha judicial para limpar seu nome, em um caso que já movimenta a opinião pública.