Comando do crime teria sido dado via videoconferência a partir da Penitenciária Central do Estado; já são 12 detidos pelo caso.
Mais dois suspeitos foram presos nesta terça-feira (17) por envolvimento na tortura e assassinato brutal das irmãs Rithiely Alves Porto e Rayane Alves Porto, ocorrido na madrugada de sábado (14), em Porto Esperidião, a 326 km de Cuiabá. O crime teria sido ordenado por um faccionado que acompanhou a execução das vítimas por videoconferência, direto da Penitenciária Central do Estado. Com as novas prisões, já são 12 acusados detidos.
De acordo com a Polícia Civil, as duas últimas prisões envolvem um homem de 20 anos e um adolescente de 17. Durante a abordagem, a Polícia Militar (PM) apreendeu dinheiro e porções de drogas.
As primeiras prisões aconteceram horas após o crime. A equipe da PM, que recebeu denúncias sobre um homem circulando de bicicleta pela cidade, identificou o suspeito, que confessou seu envolvimento, afirmando ter rendido e levado as vítimas até o local do homicídio. Com ele, foram encontradas porções de pasta base de cocaína, além de mais drogas e R$ 340,00 em sua residência, onde também foi encontrado o menor.
Ambos foram conduzidos à delegacia, onde permanecem à disposição da Justiça para a sequência das investigações.
Segundo o boletim da Polícia Militar, o caso começou quando uma das vítimas conseguiu escapar de um cativeiro, onde ele e seus amigos foram levados após serem sequestrados na saída de um festival. Ele relatou que, após fugir, seus amigos ainda permaneciam na casa, sendo torturados por um grupo de 9 pessoas.
Ao chegar ao local, os policiais encontraram um homem gravemente ferido, sem uma das orelhas e com o dedo mínimo da mão esquerda amputado. Dentro de um dos quartos, os agentes localizaram os corpos de Rithiely e Rayane, ambas assassinadas a facadas e com os cabelos cortados.
O sobrevivente contou que os suspeitos exigiam dinheiro para poupar as vítimas e alegavam estar vingando uma provocação vista nas redes sociais. As fotos no rio Jauru, onde os amigos faziam gestos associados a uma facção rival, teriam sido o estopim para o crime.
O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer a real motivação e a participação de outros envolvidos no crime.