Oswaldo Ribeiro destaca prejuízos causados pelos incêndios florestais e cobra maior suporte do Estado.
O diretor-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro, afirmou em vídeo que os produtores rurais do estado estão sofrendo graves prejuízos devido às queimadas florestais e que muitos ainda enfrentam processos judiciais por crimes ambientais. Segundo ele, esses produtores são vítimas das chamas que consomem suas terras, e não os responsáveis pelos incêndios.
Em agosto, Mato Grosso registrou 14.617 focos de queimadas, de acordo com dados do Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além de devastar a vegetação e matar animais silvestres, as chamas têm destruído plantações e gado, impactando diretamente a economia rural, como explicou Ribeiro.
“Estamos enfrentando uma situação desastrosa para os produtores. Além de perderem sua produção e animais, muitos ainda precisam responder criminalmente por incêndios que não provocaram,” disse Oswaldo no vídeo. Ele reiterou que não apoia atividades ilegais e acredita que a maioria dos fazendeiros afetados é inocente. “A esmagadora maioria dos produtores é vítima inocente nesse momento.”
Pedido de apoio ao Estado
Ribeiro fez um apelo ao governo estadual para que, ao invés de punir, apoie os produtores que estão enfrentando perdas financeiras significativas. “Os prejuízos são imensos, e os fazendeiros precisam de suporte neste momento difícil, não de penalidades,” destacou o diretor da Acrimat.
A fala de Ribeiro acontece em meio a uma crescente pressão sobre os produtores rurais, que têm sido frequentemente acusados de serem os responsáveis por incêndios criminosos no estado. No entanto, ele defende que, em muitos casos, os incêndios são acidentais ou causados por fatores naturais, e não fruto de ação deliberada.
A discussão sobre as queimadas em Mato Grosso, e suas causas, segue polarizada, com acusações de todos os lados e impactos devastadores para o meio ambiente e a economia do estado.