Paulo Rós, secretário-adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador, foi afastado de suas funções após ser apontado como principal alvo da Operação Oráculo, que investiga um esquema de desvio de dinheiro na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), confirmou o cumprimento da determinação judicial para o afastamento de Rós e afirmou que outros dois servidores envolvidos já haviam sido desligados anteriormente.
As investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deccor) indicaram que a ECSP efetuou dois pagamentos irregulares, sem licitação, totalizando R$ 663.568,00, para a contratação simulada de uma empresa de consultoria em tecnologia da informação. Os serviços não teriam sido prestados, e a empresa envolvida, que foi investigada, apresentou indícios de irregularidades nos processos, incluindo documentos sem assinatura e orçamentos com prazos inconsistentes.
Além disso, foi descoberto que os endereços informados pela empresa eram residenciais, sem evidências de funcionamento comercial. Em 2023, a empresa se transformou em uma construtora, o que levantou ainda mais suspeitas sobre a veracidade de suas atividades anteriores.
A Prefeitura de Cuiabá emitiu uma nota informando que os pagamentos só foram realizados após comprovação dos serviços, mas que está disposta a fornecer todas as informações necessárias para as investigações. A administração também lamentou o uso da saúde pública como ferramenta de disputa política em pleno período eleitoral.