Apesar do apoio financeiro do ministro da Agricultura, chapa PT-PSD segue atrás de Botelho (União) e Brunini (PL) na corrida eleitoral, a um mês do pleito.
A campanha eleitoral em Cuiabá, que se aproxima de sua reta final, ganhou um novo capítulo com o anúncio do apoio financeiro do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD). Sem aparecer fisicamente nos eventos de campanha até o momento, Fávaro garantiu um repasse de R$ 2 milhões do Fundo Eleitoral do PSD para fortalecer a chapa encabeçada por Lúdio Cabral (PT) e sua filha, Rafaela Fávaro (PSD), que disputa o cargo de vice-prefeita.
Esse apoio financeiro significativo eleva a arrecadação total da campanha de Lúdio para R$ 2,852 milhões. Contudo, o valor ainda é consideravelmente menor que o montante injetado pelo diretório nacional do PT, que contribuiu com R$ 654.599 mil. Com a nova contribuição, o PSD demonstra sua primeira ação tangível na campanha em apoio ao grupo político do presidente Lula, uma vez que Fávaro não participou pessoalmente de eventos ou atos de campanha.
Apesar do aporte robusto, a campanha da coligação que reúne PT, PCdoB, PV, PSD, Psol e Rede continua bem atrás dos principais concorrentes. Eduardo Botelho (União Brasil), por exemplo, já arrecadou R$ 12,516 milhões para sua campanha, um valor que representa quase quatro vezes mais do que o montante disponível para Lúdio. Desse total, impressionantes R$ 11,736 milhões vieram diretamente da direção nacional do União Brasil, configurando 93,95% do limite máximo permitido para o primeiro turno na capital mato-grossense, fixado em R$ 13,322 milhões pela Justiça Eleitoral.
Na segunda posição em termos de arrecadação está o deputado federal Abílio Brunini (PL), com R$ 6,755 milhões recebidos até o momento. A maior parte desse valor foi aportada pelo PL Nacional, que, este ano, conta com o maior Fundo Eleitoral entre os partidos, totalizando quase R$ 900 milhões. Abílio garantiu R$ 6,745 milhões desse montante diretamente da direção nacional.
Por outro lado, o empresário Domingos Kennedy (MDB) tem visto sua campanha decolar lentamente, arrecadando apenas R$ 10,900 mil até agora, valor que o coloca longe dos líderes na disputa eleitoral.