Corpo de Bombeiros de MT combate 39 incêndios florestais em meio à estiagem

Mais de 2.300 focos de calor foram registrados nas últimas 24 horas, enquanto bombeiros enfrentam desafios diários no combate ao fogo.

Nesta terça-feira (3), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso enfrenta um cenário crítico com 39 incêndios florestais ativos em diferentes regiões do estado. A operação conta com a atuação de 190 bombeiros, apoiados por cinco aviões, um helicóptero, 61 viaturas (entre caminhonetes e caminhões-pipa), 11 máquinas e quatro barcos. A seca severa e a baixa umidade do ar estão agravando a situação, aumentando a propagação das chamas.

No Parque Estadual Serra Azul, em Barra dos Garças, 11 bombeiros e nove brigadistas trabalham com dois caminhões de auto bomba tanque e três caminhonetes para combater as chamas que avançam sobre a região de preservação. Em Chapada dos Guimarães, 18 bombeiros combatem dois incêndios nas proximidades do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul e no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Eles utilizam um avião para o despejo de água, distribuídos em cinco pontos estratégicos, como Morro de São Jerônimo e Ninho das Águias.

Já no Pantanal mato-grossense, uma das regiões mais afetadas, 56 bombeiros estão divididos entre a Terra Indígena Baía dos Guató, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, e outras áreas próximas à divisa com a Bolívia e à Fazenda Cambarazinho, em Poconé. A operação conta com apoio aéreo, 16 viaturas, 11 máquinas, quatro barcos e um caminhão-pipa.

O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) mantém o monitoramento constante por satélite, identificando focos de incêndio em diversas fazendas e áreas de preservação. Os incêndios monitorados abrangem várias localidades, como as Fazendas Paraguaçu, Cambé, Vaca Branca, em Nova Maringá; Fazenda São Paulo do Arino, em Diamantino; e Fazenda Bacuri, em Tabaporã, entre muitas outras.

Terras indígenas como a Apiaká Kayabi Munduruku, em Juara, e Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo, também estão sob vigilância. No entanto, o Corpo de Bombeiros ainda aguarda autorização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para entrar nessas áreas.

As condições climáticas adversas tornam o combate ao fogo um desafio ainda maior. A colaboração da população é essencial para evitar novos focos de incêndio, especialmente durante o período proibitivo de uso do fogo. Os bombeiros reforçam o apelo para que qualquer indício de incêndio seja denunciado imediatamente pelos números de emergência 193 ou 190.

Desde o início do período proibitivo, mais de 80 incêndios florestais foram extintos em municípios como Campo Novo do Parecis, Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Sorriso, Vila Rica, entre outros. No entanto, os números permanecem alarmantes: nas últimas 24 horas, Mato Grosso registrou 2.316 focos de calor, com 1.298 na Amazônia, 918 no Cerrado e 100 no Pantanal, segundo o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Embora um foco de calor isolado não indique necessariamente um incêndio florestal, o acúmulo desses focos pode desencadear um incêndio de grandes proporções, como os que estão sendo enfrentados atualmente. As autoridades seguem em alerta máximo para prevenir e combater novos incidentes.

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Redação MT Política

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