Candidata da oposição arrecada R$ 248 mil e recebe apoio de dissidentes do PL, enquanto Dorner, atual prefeito, enfrenta rejeição interna e autofinancia campanha.
A candidata de oposição em Sinop, Mirtes da Transterra (Novo), está se destacando na corrida eleitoral de 2024 com uma arrecadação de R$ 248 mil, equivalente a 15,6% do limite de gastos permitido pela Justiça Eleitoral, que é de R$ 1.587 milhão no município. Esse valor coloca a candidata à frente do atual prefeito e adversário, Roberto Dorner (PL), que arrecadou R$ 141 mil até o momento.
Entre os maiores doadores de Mirtes, destacam-se Klaus Leitzke, com uma contribuição de R$ 135 mil, e Priscilla Vieira Leitzke, que doou R$ 104 mil. Outros doadores incluem Rogério Cesar Grotta, com R$ 5,5 mil, Adenilson Aparecido Firmino da Rocha, com R$ 500, e a própria candidata, que investiu R$ 3 mil de recursos próprios na campanha. Até agora, os gastos de Mirtes somam R$ 206.649, principalmente com a confecção de materiais de campanha como adesivos, panfletos, santinhos, bandeiras, carro de som e o aluguel de uma sala.
O prefeito Roberto Dorner, que busca a reeleição, autofinanciou sua campanha com R$ 111 mil dos R$ 141 mil arrecadados. Os gastos de sua campanha até agora estão na casa dos R$ 67.813 mil, sendo que um ponto curioso é o pagamento de R$ 9,5 mil para o próprio prefeito, que cedeu uma caminhonete S-10 para uso na campanha e um imóvel para eventos, como o adesivamento de carros.
A disputa eleitoral em Sinop está marcada por um racha entre as lideranças da direita. Diversos membros do Partido Liberal (PL), o mesmo de Roberto Dorner, se recusaram a apoiar sua candidatura à reeleição, optando por declarar apoio a Mirtes da Transterra. Esse cenário chegou a ter repercussões a nível nacional, especialmente depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitou a presença de Dorner em seu evento na cidade, em abril deste ano. Na ocasião, Bolsonaro optou por desfilar em carro aberto ao lado de Mirtes, o que intensificou a divisão dentro do PL local.