Transparência nas contas de campanha é crucial para garantir a lisura do processo eleitoral.
Com apenas quatro dias de campanha autorizada pela Justiça Eleitoral, o candidato à prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), já registra gastos de R$ 85,5 mil, apesar de ainda não ter arrecadado nenhum valor. Esse montante é destinado a diversas despesas, incluindo a aquisição de adesivos, locação de imóvel, serviços advocatícios e contabilidade. Em contraste, Abílio Brunini (PL) arrecadou R$ 1 mil, mas ainda não declarou despesas.
Lúdio investiu R$ 12.110,00 na compra de adesivos junto à empresa Placarte Comércio e Serviços de Impressão Digital Ltda. Além disso, gastou R$ 7.626,84 com a locação de um imóvel, provavelmente para servir como base de sua campanha. O restante dos gastos inclui R$ 30 mil em serviços advocatícios, R$ 15 mil em contabilidade e R$ 20,8 mil em outros serviços administrativos.
Abílio Brunini, por outro lado, mostrou-se mais comedido nas finanças. O único valor arrecadado até agora veio de uma doação própria de R$ 1 mil, sem registro de gastos até o momento. Enquanto isso, os candidatos Eduardo Botelho (União) e Kennedy Alencar (MDB) ainda não divulgaram nem arrecadação nem despesas de campanha, mantendo uma postura financeira mais discreta.
A prestação de contas, que é obrigatória para todos os candidatos, desempenha um papel fundamental na transparência do processo eleitoral. A legislação eleitoral brasileira exige que os candidatos apresentem suas contas de forma parcial durante a campanha, com prazos estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esses registros não apenas permitem o controle da movimentação financeira das campanhas, mas também são essenciais para evitar irregularidades que poderiam comprometer a credibilidade das eleições.
A ausência de prestação de contas ou a inconsistência entre o que foi movimentado e o que foi declarado pode gerar complicações futuras para os candidatos, colocando em risco a aprovação final das contas. Com o início da campanha a todo vapor, os olhos estão voltados para como os candidatos gerirã suas finanças, o que, em última análise, pode refletir em sua capacidade de governar com responsabilidade.