Processo parado desde dezembro, retorno previsto para fevereiro, após recesso forense
O prefeito Manoel Loureiro Neto, do MDB, da cidade de Diamantino, encontra-se em suspense, aguardando uma decisão judicial após ter sido filmado contando dinheiro em seu gabinete, supostamente proveniente de propina. A situação se desdobrou a partir da Operação Avaritia, conduzida pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco) do Ministério Público Estadual (MP-MT). Mesmo com a Câmara de Vereadores de Diamantino mantendo seu mandato, o prefeito permanece sob a sombra das acusações.
O processo, parado desde 15 de dezembro, enfrenta um hiato devido ao recesso forense, prevendo retomada apenas a partir de 20 de fevereiro, quando o Judiciário volta ao expediente normal. Manoel Loureiro Neto é alvo de mandado de busca e apreensão relacionado a contratos de obras, envolvendo a construção de uma nova cerca no cemitério, salas de aula e uma quadra poliesportiva.
A investigação, que inclui vídeos anexados ao processo da Operação Avaritia, apresenta cenas do prefeito contando notas de R$100 e R$50, supostamente recebidas como propina. Segundo a denúncia do MP, o dinheiro seria uma exigência de Manoel para autorizar o pagamento de serviços prestados por uma construtora ao município, chegando a 10% do valor do serviço.
Além dos vídeos, a investigação revelou mensagens que Manoel teria enviado aos empresários que prestam serviços à Prefeitura de Diamantino, informando sobre o pagamento de notas fiscais e solicitando a providência dos documentos. As mensagens são consideradas pelo Ministério Público como evidências de conduta imprópria por parte do prefeito.
Com a expectativa de uma decisão da Justiça em 2024, o prefeito Manoel Loureiro Neto enfrenta um período de incertezas e escrutínio público diante das acusações de corrupção que pairam sobre seu mandato.