O percurso de 67 quilômetros entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães está enfrentando desafios significativos, especialmente devido às recorrentes interdições na rodovia MT-251. As chuvas intensas na região têm contribuído para bloqueios frequentes, e a situação deve se agravar até o início de janeiro.
Na manhã de terça-feira (26), em meio às intensas chuvas, o trecho entre a Capital e o complexo da Salgadeira, com extensão de 47,4 quilômetros, estava levando cerca de 2 horas para ser percorrido, em média. A região do Portão do Inferno, onde ocorreram deslizamentos nos últimos dias, apresentava tráfego intermitente, alternando entre bloqueios totais e sistema pare-siga em meia pista.
A rota mais segura entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães atualmente é via a cidade de Campo Verde, com um aumento no percurso de 114 quilômetros, passando pelas rodovias federais BR-364, BR-070 até alcançar a MT-251.
A travessia do trecho bloqueado no Portão do Inferno tornou-se uma questão de sorte. Algumas janelas de tempo permitiram a passagem, mas a aposentada Elione Fátima de Almeida Santos, 66 anos, não conseguiu atravessar a barreira a tempo e foi impedida. Após horas de espera, ela optou por tentar o trajeto por Campo Verde.
Equipes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) e da Defesa Civil estavam a caminho do ponto mais crítico da rodovia, a 16 km de Chapada, para avaliar a possível liberação, mas a interdição total foi mantida.
Entre as alternativas, a rota pelas rodovias federais, com asfalto em todo o trajeto, é considerada a mais viável, embora seja o desvio mais longo. Já o desvio pela localidade de Cachoeira do Bom Jardim tornou-se um atoleiro de 33 quilômetros de rodovia não pavimentada, exigindo veículos de carga e tração para transposição.