O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), está prestes a definir seu futuro partidário e tem como missão atrair o Progressistas (PP) para seu palanque eleitoral na corrida pela Prefeitura de Cuiabá no próximo ano.
A legenda, liderada pelo deputado Paulo Araújo (PP), próximo de Botelho, é considerada a “noiva da vez”. No entanto, as principais lideranças do PP apoiam ou estão na gestão de Mauro Mendes (União). A disputa pelo apoio dos progressistas promete ser intensa e deve perdurar até a convenção no próximo ano.
O PP, devido à sua significativa bancada na Câmara Federal, é alvo de cobiça também pelo tempo de televisão na propaganda eleitoral gratuita, um atrativo valioso em qualquer composição eleitoral.
Embora não presida o PP, o ex-senador Cidinho Santos retornou à sigla este ano, com o respaldo da direção nacional e com poder de decisão no Estado. No entanto, sua proximidade com o grupo governista, liderado por Mauro Mendes, pode influenciar a decisão do partido em relação ao apoio na disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Botelho, que recebeu convite para ingressar no PP, já manifestou ter uma conversa adiantada com o PSD, presidido em Mato Grosso pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. No PSD, Botelho enxerga a garantia de tocar seu projeto sem divergências internas.
Em suas palavras: “Eu quero o PP junto comigo onde eu estiver, se estiver no União ou no PSD. É um partido grande, que tem nomes importantes como Paulo Araújo, Blairo Maggi, mas já temos uma negociação avançada no PSD”, afirmou o presidente da Assembleia.
O PP, ao que parece, não planeja lançar um candidato próprio à prefeitura de Cuiabá, mas pretende ampliar sua bancada na Câmara de Vereadores, buscando dobrar o número de vereadores eleitos na última eleição.
Cabe ressaltar que Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e membro do PP, pode desempenhar um papel relevante no futuro da sigla no próximo ano, após reverter recentemente sua inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).