Paulo Araújo argumenta que os órgãos de controle, como o Ministério Público, estão conduzindo adequadamente as investigações da Operação Espelho.
O deputado estadual Paulo Araújo (PP) reiterou sua posição de que não há necessidade de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para investigar as fraudes na Saúde do estado. Após a Justiça tornar réus empresários e médicos por supostas fraudes na Operação Espelho, o parlamentar argumentou que os órgãos de controle, como o Ministério Público, estão conduzindo adequadamente as investigações.
Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, o deputado afirmou: “O Ministério Público, que é o órgão fiscalizador, tem gente capacitada para isso. A Assembleia Legislativa de Mato Grosso iria competir já que tem uma ação em andamento? Nós cobramos da Justiça para aqueles que praticaram delitos irem para a cadeia.”
Paulo Araújo destacou que as situações em relação à Operação Espelho e as ações na Saúde de Cuiabá são diferentes. Ele ressaltou que a Operação Espelho foi desencadeada por uma denúncia do órgão fiscalizador do Estado, enquanto em Cuiabá, inúmeras ações do Ministério Público e da Polícia Civil culminaram na prisão e no afastamento de secretários.
A Operação Espelho, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), revelou um esquema de fraudes em hospitais de Mato Grosso, mirando um suposto cartel formado por empresas para fraudar contratos com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) com a ajuda de agentes públicos. Nesta semana, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia contra investigados na operação, tornando todos os empresários e médicos réus, exceto a secretária-adjunta Caroline Campos Dobes Conturbia.