Suicídios na Polícia Militar levantam questões cruciais

A morte do 2º sargento Augusto César de Souza Silva, no último domingo (17), causou comoção e revolta entre seus colegas de farda na Polícia Militar. Em um grupo no WhatsApp, os policiais militares repercutiram a trágica notícia do suicídio de Augusto, de 39 anos, que deixou três filhas.

Infelizmente, este não é o primeiro caso do tipo na corporação este ano. Em novembro, o sargento Hélio Expedito da Silva, de 44 anos, tirou a própria vida em Sorriso, e em outubro, Gabriel Castella, de 39 anos, cometeu suicídio em São José do Rio Claro após um conflito que resultou na morte de um colega.

No grupo de WhatsApp, os militares expressaram revolta e discutiram temas sensíveis, como perseguição e assédio moral nos quartéis. Um policial criticou a ironia de um comandante, conhecido por perseguições, falar em valorização dos policiais e saúde mental. Além disso, alegam que policiais doentes são transferidos contra a vontade, sem uma abordagem adequada para resolver os problemas.

A conversa revela preocupações profundas sobre a falta de suporte psicológico, exposição a traumas frequentes e estresse crônico, fatores que contribuem para o aumento dos índices de suicídio entre policiais militares. A natureza desafiadora do trabalho policial, envolvendo situações perigosas, violência e pressão constante, é apontada como um dos principais catalisadores para problemas de saúde mental.

A desvalorização salarial também é mencionada como uma razão para o desespero dos militares. Os relatos sugerem que a remuneração inadequada impacta negativamente o bem-estar financeiro e emocional dos policiais, agravando ainda mais as condições de trabalho.

Este triste episódio destaca a urgência de abordar questões sistêmicas na corporação, visando a promoção de um ambiente de trabalho saudável, apoio psicológico adequado e a valorização justa dos policiais. A sociedade e as lideranças locais são instadas a tomar medidas eficazes para garantir a segurança e o bem-estar daqueles que dedicam suas vidas à proteção da comunidade.





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Redação MT Política

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