Um trecho de 33 quilômetros da rodovia não pavimentada MT-246 se tornou um desafio para os condutores de veículos de carga que foram proibidos de trafegar na rodovia MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, devido ao risco de deslizamentos na área do Portão do Inferno.
A equipe do Jornal A Gazeta percorreu a rota alternativa e constatou as dificuldades enfrentadas pelos motoristas, bem como a falta de infraestrutura para acomodar o grande fluxo de veículos pesados desviados para esse trecho. Em apenas três dias de proibição na MT-251, 217 caminhões foram impedidos de passar pela região do Portão do Inferno, sendo forçados a utilizar essa alternativa.
A estrada, que antes era usada principalmente pela comunidade rural, agora lida com um tráfego intenso de caminhões que transportam mercadorias de Cuiabá e Várzea Grande para abastecer Chapada e região. Empresas de engarrafamento de água mineral também contribuem significativamente para esse fluxo.
Os problemas começam com placas de sinalização danificadas indicando a nova rota obrigatória. Nos primeiros 12 quilômetros, há vários atoleiros, falta de cascalho e solo arenoso. Trechos íngremes ocorrem em pontos estreitos, permitindo a passagem de apenas um veículo de grande porte por vez. A falta de iluminação e sinalização torna a viagem noturna ainda mais desafiadora.
Moradores da região expressam preocupações com a intensificação do tráfego, especialmente com a temporada de chuvas, que torna os atoleiros um desafio ainda maior. Pontes antigas, como a conhecida “ponte do cemitério”, levantam preocupações de segurança devido à falta de proteção lateral.
A comunidade aguarda ansiosamente melhorias na infraestrutura dessa rota vital entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
