O ex-governador Pedro Taques, do Solidariedade, expressou a necessidade de o atual governador Mauro Mendes, da União, realizar uma autocrítica e prestar esclarecimentos sobre alguns aspectos da administração do Palácio Paiaguás. Durante uma entrevista ao Jornal da Cultura FM 90.7 na manhã desta sexta-feira (15), Taques, que é ex-procurador, também defendeu uma atuação “mais rígida” por parte do Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
“Algumas coisas precisam ser explicadas em Mato Grosso e no Brasil. O Ministério Público tem que fazer uma autocrítica, a imprensa tem que fazer uma autocrítica, eu faço uma autocrítica do governo”, afirmou o ex-governador.
A declaração surgiu enquanto Taques avaliava a gestão estadual. Derrotado por Mauro Mendes em 2018 na tentativa de buscar a reeleição, o ex-governador atribuiu os avanços do Estado à “competência e sorte” de Mendes. No entanto, ele ressaltou que algumas questões devem ser observadas, especialmente no que diz respeito à aplicação dos recursos públicos.
“Ele [Mauro Mendes] teve mais dinheiro. Na Saúde foram R$ 1 bilhão sem licitação, na educação foram R$ 120 milhões a mais. Durante a pandemia, as escolas não pagaram energia e sobrou R$ 100 milhões por ano, não teve transporte escolar, cirurgias eletivas não foram realizadas, a União perdoou dívida de Mato Grosso e o dinheiro foi para o caixa. O Estado não é banco para ganhar dinheiro”, acrescentou Pedro Taques.