Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, secretária-adjunta de Gestão Hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso, denunciada pelo Ministério Público na Operação Espelho, deixou seu cargo alegando usufruto de licença-prêmio. O Estado informou apenas que ela se afastou “por livre iniciativa”.
A Operação Espelho desarticulou um cartel envolvido em fraudes em licitações na área da Saúde do Estado. Caroline, juntamente com outras 21 pessoas, foi denunciada pelo MPMT por peculato, organização criminosa e fraude em licitação. O Ministério Público solicitou a devolução de R$ 57,5 milhões aos cofres públicos e a perda dos cargos públicos de Caroline e outros dois servidores.
O Governo de Mato Grosso, por meio de nota, destacou que a SES apurou as irregularidades, rescindiu contratos e reteve o pagamento de R$ 900 mil à empresa envolvida. O ato publicado no Diário Oficial do Estado designou Oberdan Ferreira Coutinho Lira para responder interinamente pelo cargo de Secretário Adjunto de Gestão Hospitalar, em razão do afastamento de Caroline para usufruto da licença-prêmio.
A licença-prêmio é um direito dos servidores públicos, concedendo três meses de afastamento remunerado a cada cinco anos de trabalho ininterrupto. Apesar das denúncias, Caroline continuará recebendo salário durante o período da licença-prêmio.
Nota: O texto baseia-se nas informações disponíveis até a última data de conhecimento (12/12/2023).
