O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou 22 pessoas que participaram de esquemas de desvio de dinheiro público por meio de licitações na área da saúde, revelados pela Operação Espelho. A denúncia abrange médicos, servidores públicos, empresários, enfermeiros e gestores da saúde. A operação, iniciada em 2021 e com uma nova fase em março deste ano, expôs fraudes relacionadas à pandemia de COVID-19.
Principais pontos:
- Denúncias e Pedido de Ressarcimento: O MPE pede o ressarcimento de R$ 229,7 mil por fraudes no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e mais R$ 7,3 milhões pelos desvios em Guarantã do Norte. Solicita ainda reparação de R$ 50 milhões pelo prejuízo causado à sociedade pela organização criminosa.
- Crimes e Consequências: Se a denúncia for aceita pela Justiça, os envolvidos responderão por crimes como organização criminosa, peculato e fraude à licitação. Para três envolvidos, o MPE pede a perda do cargo público.
- Aproveitamento da Pandemia: A organização criminosa é acusada de se aproveitar da pandemia para superfaturar contratos, simular concorrências em licitações e forjar dados de lotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
- Bloqueio de Bens: Na segunda fase da Operação Espelho, foram bloqueados R$ 35 milhões em bens dos envolvidos. A investigação encontrou contratos fraudulentos não apenas no Estado, mas também em hospitais municipais.
Lista dos Envolvidos:
- Alberto Pires de Almeida
- Alexsandra Meire Perez
- Bruno Castro Melo
- Carine Quedi Lehnen Ivoglo
- Caroline Campos Dobes Conturbia Neves
- Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante
- Elisandro de Souza Nascimento
- Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves
- Gabriel Naves Torres Borges
- José Vitor Benevides Ferreira
- Luciano Florisbelo
- Luiz Gustavo Castilho Ivoglo
- Marcelo de Alécio Costa
- Márcio Matsushita
- Maria Eduarda Mattei Cardoso
- Miguel Moraes Da Cruz Suezawa
- Nabih Fares
- Osmar Gabriel Chemim
- Pamela Lustosa Rei
- Renes Leão Silva
- Samir Yoshio Matsumoto Bissi
- Sergio Dezanetti