Luis Antonio Taveira Mendes, filho do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, não cumpriu a determinação da juíza Raquel Coelho Dal Rio Silveira, da Justiça Federal de Campinas (SP), de entregar seu passaporte à Polícia Federal no âmbito da Operação Hermes II. Ele é o único dos investigados na operação que não acatou a ordem.
A defesa de Luis Mendes solicitou um prazo de mais de 20 dias para que ele entregue o documento na Polícia Federal em Campinas, alegando a distância entre sua residência em Cuiabá e a unidade da PF em Campinas. Enquanto isso, todos os outros investigados já cumpriram a medida, entregando os passaportes em Cuiabá.
O empresário também foi alvo de uma fiança de R$ 13.200, que, segundo sua defesa, foi estornada e posteriormente paga. A alegação é de que o valor inicialmente foi encaminhado para o escritório da defesa antes de ser efetivamente pago.
Luis Mendes é sócio das mineradoras Aricá e Kin, que foram alvo de busca e apreensão na operação. A investigação apura a compra de mercúrio contrabandeado e o uso de notas fiscais falsas por parte das empresas.
Embora tenha recorrido da decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), as liminares foram negadas. Agora, a defesa aguarda a análise de um recurso na Sexta Turma do STJ. O pedido de prorrogação do prazo pode ser considerado uma estratégia da defesa diante do impasse jurídico.