A vereadora Edna Sampaio (PT), que teve o mandato cassado por um suposto esquema de rachadinha e posteriormente conseguiu reverter a decisão para retornar à Câmara Municipal, planeja apresentar um Projeto de Lei visando proporcionar mais transparência aos gastos dos vereadores com a verba indenizatória (VI). A petista, que aguarda a notificação oficial para reassumir seu posto no Legislativo, enfrentou acusações relacionadas ao uso da VI e foi condenada por seus colegas.
Em uma entrevista ao programa Tribuna (rádio Vila Real, 98.3 FM), Edna Sampaio afirmou que foi condenada por “fazer o correto” ao prestar contas de seus gastos. Ela expressou sua intenção de propor uma lei de transparência da verba indenizatória, destacando que, se o problema está na falta de clareza nos gastos, todos deveriam seguir o exemplo dela ao prestar contas para evitar condenações.
A vereadora enfrentou acusações de apropriação indébita da VI destinada à sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira Abreu. A ex-servidora teria transferido R$ 20 mil para a conta-corrente da petista, que justificou a concentração dos valores em uma única conta para custear os gastos referentes ao mandato. No entanto, a Câmara considerou essa prática “ilegal”.
Diante do processo e da polêmica, Edna ironizou a abordagem dos colegas em relação ao uso dos recursos da VI. Ela comparou sua situação com a dos outros vereadores, sugerindo que, assim como eles, não precisa explicar nada sobre a verba indenizatória, pois alega que foi decidido que a VI é uma questão de complemento salarial e, portanto, é uma questão privada de cada vereador.