Durante a sessão da Câmara Municipal de Cuiabá realizada na quinta-feira (23), vereadores expressaram forte descontentamento em relação à decisão da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que converteu a prisão preventiva de Carlos Alberto Bezerra em prisão domiciliar. Bezerra é acusado de cometer um duplo homicídio contra o casal Thays Machado e Willian Cesar Moreno.
O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) destacou pontos da decisão que considerou polêmicos, como a classificação do crime como um “ato isolado” e a alegação de “particularidades de relacionamento amoroso”. Ele expressou sua preocupação com a mensagem que essa decisão pode enviar à sociedade.
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) salientou que o crime foi premeditado e expressou indignação com a decisão, afirmando que, se o acusado não fosse rico ou filho de uma pessoa importante, não teria sido beneficiado.
Outros vereadores, como Dilemário Alencar (Podemos) e Rogério Varanda (MDB), também manifestaram críticas à decisão judicial, elogiando o Ministério Público por confirmar que irá recorrer da determinação.
O caso em questão envolve o assassinato do casal Thays Machado e Willian Cesar Moreno, que foram baleados em frente ao Edifício Solar Monet, em Cuiabá, pelo filho do deputado Carlos Bezerra, Carlos Alberto Bezerra. O acusado foi posteriormente preso e, recentemente, teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar para cuidar da saúde.
O Ministério Público já anunciou que entrará com recurso contra a decisão da Segunda Câmara Criminal do TJMT. O crime chocou a população cuiabana, e a soltura do acusado gerou revolta e indignação entre os vereadores.
