m entrevista à Jovem Pan News, o governador Mauro Mendes destacou suas apreensões em relação ao impacto que a reforma tributária pode ter em Mato Grosso. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados, pelo Senado e, agora, retorna à Câmara para nova votação, com alterações feitas pelo Senado.
Mendes expressou preocupações consideráveis, afirmando que o estado, especialmente, será significativamente prejudicado pela reforma. Ele apontou para a desoneração da cadeia produtiva, incluindo setores cruciais como o agronegócio e a mineração, o que resultará na perda de receita e na dificuldade de manutenção de infraestrutura, como as rodovias.
O governador ressaltou que a reforma isentará grandes cadeias de exportação de pagar impostos, levantando a questão de quem arcará com os custos para compensar a perda de receita. Ele alertou para as consequências disso em um estado com uma extensa malha rodoviária.
Uma das críticas de Mauro Mendes é o longo período de transição da reforma, que só entrará em vigor a partir de 2033, com uma transição completa em 50 anos. Ele expressou preocupação de que esse cronograma possa dar uma falsa sensação de segurança à geração atual.
Apesar das críticas, o governador reconheceu benefícios propostos pela reforma, como vantagens fiscais para indústrias nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que, segundo ele, poderia promover o desenvolvimento nessas regiões. No entanto, Mendes destacou a necessidade de um mecanismo de incentivo inteligente e bem pensado para alcançar esse objetivo.