O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou suas redes sociais nesta quarta-feira (15) para condenar veementemente as fake news que envolvem o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Lula afirmou que Dino está sendo alvo de “absurdos ataques artificialmente plantados” e destacou a inexistência de provas que confirmem as acusações.
Em sua publicação, Lula ressaltou a postura firme do ministro no combate ao “armamentismo selvagem”, crime organizado, tráfico, milícias e na proteção da Amazônia. O ex-presidente declarou que as ações de Dino despertam a oposição de adversários que não aceitam a perda de espaço para atividades criminosas, originando assim a disseminação de fake news coordenadas.
No contexto da polêmica, Lula defendeu a integridade do ministro e afirmou: “Nós reiteramos: não haverá recuos diante de criminosos e seus aliados, estejam onde estiverem, sejam eles quem forem.”
A controvérsia teve início na última segunda-feira (13) quando o jornal O Estado de S.Paulo publicou informações sobre a presença da esposa de um líder de facção criminosa no prédio sede do Ministério da Justiça. Flávio Dino se manifestou nas redes sociais, refutando veementemente as acusações e anunciando medidas legais contra os autores das fake news.
A matéria do jornal apontou que secretários do Ministério da Justiça receberam a esposa de um líder de facção criminosa em reuniões oficiais. Em resposta, o ministério explicou que a mulher integrou uma comitiva de advogados, sendo impossível ao setor de inteligência detectar previamente sua presença.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, reforçou a versão do secretário Elias Vaz, assumindo que a visita foi relacionada a solicitações da ex-deputada Janira Rocha, vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim).
Dino, além de negar categoricamente ter recebido a mulher em audiência, anunciou que processará os autores das mentiras e denunciou a tentativa de associá-lo a organizações criminosas. O Ministério da Justiça também adotou medidas mais rigorosas para a entrada de visitantes no Palácio da Justiça, sede da pasta, como forma de evitar eventuais episódios semelhantes no futuro.
A polêmica se estendeu às redes sociais e à mídia, com Flávio Dino atribuindo os ataques difamatórios a “vil politicagem” e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, destacando que os ataques têm como alvo central o trabalho corajoso de Dino à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.