Empresário acusa ex-deputada e ex-prefeita de receber propina na Operação Sodoma

O empresário Filinto Muller, delator da 4ª fase da Operação Sodoma, acusa a ex-deputada estadual e ex-prefeita de Juara, Luciane Bezerra, de ter recebido parte da propina na desapropriação de um terreno no Jardim Liberdade, em Cuiabá. O dinheiro era referente a uma dívida de Silval Barbosa com ela no valor de R$ 1 milhão, do qual R$ 700 mil foram pagos pelo esquema da venda do terreno.

Em setembro de 2015, a Operação Sodoma revelou um esquema de pagamento de propina através da desapropriação de um terreno de 55 hectares. O valor de mercado era R$ 17,8 milhões, mas o Estado pagou R$ 31,7 milhões, com a diferença de R$ 15,8 milhões sendo embolsada por Silval Barbosa e seus secretários de confiança, como Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.

O esquema abrangia empresários, secretários e servidores públicos do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Casa Civil.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), “haveria indícios de envolvimento de Luciane Bezerra” na fraude. Baseado na delação de Filinto Muller, Silval tinha uma “dívida com a ex-deputada de R$ 1 milhão e que ele repassou a ela o valor de R$ 700 mil e, ainda, que ela sabia que o pagamento da dívida era realizado com dinheiro oriundo de desvios públicos”.

Apesar da tentativa da defesa de Luciane em alegar foro privilegiado devido a cargos públicos anteriores, a juíza Ana Cristina Mendes decidiu que sua diplomação como prefeita ocorreu após a finalização do inquérito policial. Portanto, a ação não deveria ser enviada para a instância superior. A sentença revela ainda que Luciane será investigada em outra ação.

A ex-parlamentar também é uma das figuras filmadas por Sílvio Cézar Côrrea, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, recebendo dinheiro vivo no Palácio Paiaguás. Em delação, Sílvio e Silval relataram que o dinheiro pago aos deputados era propina para evitar empecilhos nas obras da Copa do Mundo e do programa MT Integrado.

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Redação MT Política

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