O ex-vereador Arnoldo Veggi, líder da quadrilha de venda ilegal de mercúrio desmantelada na Operação Hermes (Hg) II, revelou em uma conversa pelo WhatsApp com um dos sócios, Alberto Veggi Atala, que vendeu o metal para o “garimpo de Mauro Mendes”. No entanto, a nota fiscal foi emitida para outra empresa, segundo o diálogo encontrado.
Em junho de 2022, Arnoldo Veggi teria enviado mensagens a Alberto, informando que fez uma nota fiscal falsa para um garimpo, mencionando “lá pro Aricá”, mas enviou mercúrio para o “garimpo do Mauro Mendes”. A conversa sugere uma tentativa de dissimular a transação por meio da emissão de documentos para outra empresa.
A Operação Hermes II, deflagrada na última quarta-feira (9), teve como alvo 34 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Amazonas, Rio de Janeiro e São Paulo, visando desarticular um esquema de contrabando e acobertamento de mercúrio para uso em garimpos. Entre os envolvidos está o filho do governador Mauro Mendes, Luis Antônio Taveira Mendes, que teve pedido de prisão temporária negado, sendo imposta uma fiança de R$ 264 mil.
A primeira-dama Virgínia Mendes, em resposta às acusações, utilizou suas redes sociais para repudiar as notícias sobre o envolvimento de seu filho. Em uma postagem, ela compartilhou uma nota do advogado de Luis Antônio, enfatizando que ele não participa da gestão das empresas envolvidas e que sua inclusão no processo é “descabida e absurda”. A primeira-dama também expressou indignação e defendeu a integridade do filho, destacando sua responsabilidade e trabalho.