Nesta quarta-feira (8 de novembro), o deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) foi retirado pela Polícia Legislativa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados após interromper a sessão que abordava a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas.
A confusão teve início quando Brunini exigiu a retirada de cartazes com mensagens como “não à ocupação de Gaza” e “abaixo o genocídio israelense contra os palestinos”. Vídeos registraram o deputado sendo levado para fora da sessão enquanto outros congressistas o chamavam de “fascista” e “intruso”.
Apesar do incidente, a comissão, que tratava da “Crise humanitária na Faixa de Gaza”, continuou com o debate, iniciado às 14h40. Uma bandeira da Palestina estava sobre a mesa diretora da sessão.
A deputada federal Érika Hilton (PSol-SP) defendeu os cartazes, afirmando que eles denunciavam o genocídio praticado por um estado contra outro. Um segundo momento da sessão, abordando a perspectiva de Israel sobre a guerra, estava programado para o mesmo dia, mas foi cancelado devido ao esvaziamento do local após o tumulto. O presidente da Comissão, Zé Silva (Solidariedade-MG), comprometeu-se a realizar a audiência caso um novo requerimento seja feito.