No cenário político de Várzea Grande, enquanto as discussões sobre o palanque eleitoral do prefeito Kalil Baracat (MDB) continuam, o secretário da Saúde do município, Gonçalo de Barros, manifestou seu apoio à aliança entre o prefeito e o empresário Flavio Frical (PL) nas eleições do próximo ano. Essa união tem sido alvo de desacordo por parte dos irmãos Campos, figuras proeminentes na política local e principais apoiadores de Kalil Baracat.
Em uma entrevista concedida ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10) na última quarta-feira (1º), Gonçalo de Barros abordou o tema com naturalidade.
“Em 2008, Flavio Frical apoiou o prefeito Julio Campos em Várzea Grande, mesmo sendo membro do MDB. Ele também apoiou a prefeita Lucimar Campos em 2012 e em 2016, ainda estando no MDB. O União Brasil possui sua grande liderança, o senador Jayme Campos, que é um parceiro do prefeito Kalil e faz parte de sua aliança. Acredito que não é hora de debater sobre recusar votos de ninguém”, afirmou.
Essa declaração surge após o senador Jayme Campos e o deputado estadual Júlio Campos, ambos do União, expressarem sua discordância em relação a uma possível aliança entre o prefeito e o empresário Flavio Frical de Várzea Grande. Os irmãos Campos compartilham a mesma opinião e não estão dispostos a dividir o palanque com Flavio.
Gonçalo, que pertence à mesma sigla de Kalil, reforçou a ideia de que Flavio Frical tem a “particularidade” de não apoiar candidatos de seu próprio partido.
“Flavio Frical é um empresário da cidade. Ele militou no MDB por grande parte de sua vida e, em muitas ocasiões, ele tem essa particularidade de não apoiar o candidato de seu partido. Atualmente, ele está filiado ao PL, um partido que não faz parte da aliança do prefeito Kalil”, continuou.
Nas eleições de 2020, Flavio e Kalil foram adversários, e o resultado das urnas resultou na derrota do empresário, que afirmou que não se candidataria em 2024.
“Após a derrota nas eleições de 2020, Flavio Frical foi questionado se seria candidato novamente em 2024. Ele reiterou que ‘se Kalil cumprir suas promessas e estiver desempenhando um bom mandato, não serei candidato e darei meu apoio’. Agora, ele está demonstrando coerência. Portanto, acredito que não há motivo para qualquer tipo de discussão nesse sentido a 11 meses das eleições”, concluiu Gonçalo de Barros.