Na quarta-feira (25), o projeto de lei que prevê a taxação de “super-ricos” no Brasil foi aprovado na Câmara dos Deputados, com o apoio da maioria, mas enfrentou a oposição dos membros bolsonaristas da bancada de Mato Grosso.
Os deputados federais Abílio Júnior, Amália Barros, Coronel Fernanda, José Medeiros, todos do Partido Liberal (PL), juntamente com o Coronel Assis, do União Brasil (UB), foram contrários à proposta.
Por outro lado, o vice-líder do governo, Emanuelzinho, e Juarez Costa, ambos do MDB, assim como Gisela Simona do União, apoiaram o texto. Essa medida faz parte da estratégia do governo Lula (PT) para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas, através da tributação de cidadãos mais abastados.
Como parte das ações para impulsionar as receitas, estão incluídas a tributação de “offshores” no exterior e de fundos exclusivos, anunciadas nos últimos dias. O governo tinha a expectativa de aumentar a arrecadação em mais de R$ 20 bilhões em 2024 com a aprovação desse projeto. Contudo, mudanças feitas pelo relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), podem reduzir esse montante, o que pode dificultar os planos do governo de atingir os R$ 168,5 bilhões em receitas necessários para eliminar o déficit primário no próximo ano.