A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, tomou a decisão de desbloquear duas caminhonetes Hilux que haviam sido apreendidas no contexto da Operação Grãos de Areia, conduzida em agosto de 2022 pelo Grupo de Ação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Os veículos estavam registrados em nome da TGA Comércio de Grãos Ltda e de Nairton Rocha Santana. A medida de desbloqueio atendeu a uma solicitação do Banco Rodobens, que alegou que os veículos haviam sido alienados pelos investigados antes da operação, e que estes não estavam cumprindo com os pagamentos dos financiamentos.
O Banco Rodobens alegou que os devedores estavam em atraso, o que levou à concessão de uma ação de busca e apreensão em caráter liminar pela 3ª Vara Cível de Rondonópolis. O Ministério Público Estadual (MPE) também emitiu um parecer favorável à liberação das restrições dos veículos.
Na sua decisão, a juíza destacou que o juízo competente da 3ª Vara Cível de Rondonópolis já havia autorizado a busca e apreensão dos veículos devido ao atraso nos pagamentos aos bancos. Com base nisso, ela considerou a decisão favorável à instituição financeira.
A juíza também determinou que o banco apresente uma prestação de contas da venda dos veículos, assegurando que apenas os valores especificados no contrato sejam retidos, e que qualquer montante excedente seja depositado em juízo.
A Operação Grãos de Areia teve como objetivo investigar uma quadrilha envolvida no furto de cargas de milho e soja, que eram substituídas por areia para enganar a fiscalização. Durante a ação policial, mais de R$ 3 milhões em bens foram bloqueados.