A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar (ACS-MT) expressa profundo pesar pela trágica perda dos sargentos Willian Ferreira e Gabriel Castella Cardoso, ocorridas no sábado (21) e domingo (22) respectivamente.
Willian Ferreira perdeu a vida de forma violenta, sendo vítima de tiros disparados por seu colega de corporação, Gabriel Castella Cardoso. Este triste episódio aconteceu nas dependências da unidade policial de São José do Rio Claro, e teve como origem um desentendimento entre os dois profissionais.
Lamentavelmente, Gabriel Castella Cardoso, após ter sido detido em decorrência do ocorrido, optou por tirar a própria vida, diante de vários colegas de profissão, em um desfecho igualmente trágico.
Esta é uma tragédia que ceifou a vida de dois militares e, mais do que isso, de dois pais de família. A ACS/MT destaca que não se trata de um caso isolado.
Há muito tempo, a associação tem alertado para a falta de atenção e os desafios enfrentados pelos militares em relação à sua saúde mental, as precárias condições de trabalho a que estão submetidos, e a fragilidade emocional com a qual muitos profissionais têm vivido.
Neste momento de profundo luto, a ACS/MT se solidariza com as famílias enlutadas e oferece o apoio necessário aos seus associados. No entanto, é imperativo que providências sejam tomadas pelo poder público para evitar que tragédias como essa se repitam.
A associação tem se esforçado para oferecer o suporte mental necessário aos seus associados, disponibilizando tratamento psicológico e orientação para tratamento psiquiátrico quando necessário.
Laudicério Machado, presidente da ACS, destaca a importância desse trabalho, pois é frequente a intervenção em situações de esgotamento mental entre os profissionais da Polícia Militar.
A preocupação com a saúde mental dos policiais é evidente, e é essencial abrir discussões e implementar ações concretas para abordar esse desafio. No momento, duas famílias choram suas perdas, e toda a força policial sente o impacto dessa tragédia. Não podemos nos dar ao luxo de parar, pois a segurança pública é fundamental.
No entanto, é crucial que os esforços acadêmicos e as pesquisas sobre a saúde dos profissionais da Segurança Pública sejam respeitados e valorizados, em vez de motivo de zombaria. As questões de saúde mental precisam ser tratadas com a seriedade e a urgência que merecem para evitar mais perdas como essas.