O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez uma sugestão ao vice-prefeito da cidade, José Roberto Stopa (PV), de que ele deixe a Secretaria de Obras em dezembro deste ano para dar início ao seu projeto de concorrer à prefeitura na próxima eleição. A antecipação do processo eleitoral, com a manifestação do deputado Eduardo Botelho (União) como candidato, tem gerado pressão sobre Stopa devido a questões estruturais, como o problema dos buracos nas vias da cidade.
Segundo o prefeito, a corrida eleitoral exige mais do que discutir problemas como buracos nas ruas, especialmente em uma cidade com uma malha viária antiga e de má qualidade. Emanuel Pinheiro reconheceu o trabalho de Stopa na melhoria da situação, mas destacou que esse é um problema histórico. Em uma entrevista à Rádio Cultura de Cuiabá, ele declarou: “Para ser candidato a prefeito de Cuiabá, é muito mais que discutir buraco na cidade.”
O prefeito enfatizou que tem mantido conversas frequentes com seu vice e que, caso ele pretenda concorrer à prefeitura, o ideal seria deixar a Secretaria de Obras, evitando desgastes devido aos problemas de infraestrutura, como os buracos, e focar em outras demandas do município. Ele sugeriu o prazo de 31 de dezembro como a data ideal para a transição.
Emanuel Pinheiro ressaltou a importância de um pré-candidato procurar diversos setores da sociedade, incluindo políticos, empresariais e outros, para discutir um projeto abrangente para a cidade que abranja todas as áreas e projete o município para os próximos 30 anos. Ele alertou que, permanecendo na Secretaria de Obras, Stopa continuaria a ser cobrado por problemas imediatos, como a manutenção das vias.
O prefeito reiterou que Stopa é sua preferência na disputa, mas enfatizou que não firmou um compromisso político. Segundo ele, caberá ao vice demonstrar habilidade política na construção do projeto e representar um grupo na eleição do próximo ano. “Ele tem que construir essa candidatura, até porque tem os arcos de aliança, então ele tem que fazer essa construção. Há uma preferência, não o compromisso”, concluiu.