Na manhã desta quinta-feira (5), médicos que atuam no Hospital Regional de Colíder, localizado a 650 km ao norte de Cuiabá, decidiram interromper os atendimentos em virtude de uma situação preocupante: eles estão há três meses sem receber seus salários.
O Hospital Regional de Colíder desempenha um papel fundamental ao atender não apenas os moradores da cidade, mas também os residentes dos municípios vizinhos. Na porta da unidade de saúde, um aviso foi colocado para informar os pacientes sobre a paralisação dos serviços.
Apenas os atendimentos de casos de urgência e emergência estão sendo mantidos durante a paralisação. A reportagem tentou entrar em contato com a administração do hospital, mas até o momento não obteve retorno.
Uma funcionária do hospital revelou que os pacientes que tinham consultas e procedimentos agendados estão sendo avisados sobre a situação e que não há um prazo definido para a retomada dos atendimentos normais.
Além do atraso nos salários, a reportagem também recebeu informações de que uma empresa especializada em cirurgia geral não repassou os pagamentos aos médicos pelos meses de maio, junho, julho e agosto.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) foi consultada a respeito da situação e divulgou uma nota oficial em resposta. Segundo a SES-MT, foram identificadas inconsistências nos documentos relacionados às prestações de contas das empresas terceirizadas que atuam no Hospital Regional de Colíder. No entanto, medidas estão sendo tomadas para resolver o problema e efetuar os pagamentos.
A nota esclarece que os pagamentos dos profissionais de saúde são de responsabilidade das empresas terceirizadas. A SES-MT assegura que os atendimentos de urgência e emergência continuam ocorrendo normalmente na unidade de saúde, enquanto os atendimentos eletivos serão reagendados.
A paralisação dos médicos no Hospital Regional de Colíder destaca a importância da regularidade dos pagamentos para garantir a continuidade dos serviços de saúde e o bem-estar da comunidade atendida pela instituição. A expectativa é de que as medidas corretivas sejam efetivas e que os médicos possam retomar seus trabalhos em breve.