O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, expressou sua preocupação com a falta de informações detalhadas sobre o projeto e a condução das obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) na cidade, além de destacar sua surpresa com as mudanças na rota planejada para o sistema de transporte. As críticas surgiram em meio à pressão de empresários locais, que resultou na decisão de retirar o BRT da avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, embora haja previsão para que ele passe pela Avenida Getúlio Vargas.
O prefeito Emanuel Pinheiro enfatizou a necessidade de um projeto de qualidade que possa ser avaliado e aprovado pela Prefeitura antes de prosseguir com as obras do BRT em Cuiabá. Ele observou que a falta de transparência e a ausência de informações detalhadas sobre o projeto prejudicaram a compreensão adequada das mudanças propostas.
“Se eu ver algo de positivo, se me mostrarem, passando primeiro pelos técnicos, eles aprovando o projeto, porque precisa conhecer primeiro o projeto, porque não tem projeto, olha aí o que aconteceu com Várzea Grande, ninguém sabia que estava passando pela Couto Magalhães, pela Filinto Müller, Cuiabá também foi surpreendida com a Getúlio Vargas, Isaac Póvoas, Generoso Ponce, então apresentando o projeto, se tiver algo que possa ser aproveitado, algo de útil, tudo que é bom para Cuiabá eu jamais vou ser contra”, afirmou o prefeito.
Emanuel Pinheiro ressaltou a importância de respeitar as normas municipais e a autonomia da Prefeitura na definição das políticas públicas de desenvolvimento urbano, mobilidade urbana, obras e transporte coletivo. Ele afirmou que qualquer proposta que impacte essas políticas deve ser apresentada de forma transparente e requer a autorização do município.
“Existe toda uma autonomia do ente municipal para definir as suas políticas públicas de desenvolvimento urbano e passa por elas a política pública de mobilidade urbana, a política pública de obras, a política pública de transporte coletivo, isso é prerrogativa do município, então para você desestruturar essa política você não pode ir entrando e fazendo, para apresentar qualquer proposta que possa vir a mudar ou a desestruturar, você tem que ter a autorização do município, não pode ir entrando e arrebentando com o município como se fosse a casa da mãe Joana”, concluiu o prefeito.
A controvérsia em torno do projeto do BRT em Cuiabá destaca a importância da transparência e do envolvimento das partes interessadas na implementação de projetos de transporte público em áreas urbanas. A cidade continuará acompanhando o desenvolvimento desse projeto e suas implicações para a comunidade local.
