TJ nega recurso e júri popular deve ocorrer em breve

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado proferiu uma decisão na última quarta-feira (27) negando o recurso apresentado pela defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, administrador acusado de feminicídio contra a servidora do judiciário Thays Machado e homicídio qualificado do seu namorado, Willian César Moreno. Com essa decisão, o próximo passo será marcar a data para o julgamento no Tribunal do Júri.

O relator do caso, desembargador José Zuquim Nogueira, acompanhou o parecer do Ministério Público, que se posicionou contrariamente ao recurso da defesa. O recurso buscava excluir as qualificadoras do crime, incluindo motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa das vítimas, que haviam sido mantidas na pronúncia do réu.

O procurador de Justiça, Gerson Natalício Barbosa, detalhou os eventos que levaram à acusação de Carlos Alberto Bezerra. Em 18 de janeiro, por volta das 16h40, em frente ao Edifício Solar Monet, o réu efetuou disparos de arma de fogo contra Thays, sua ex-companheira, e Willian, namorado dela, resultando na morte de ambos. Os disparos foram efetuados com uma pistola calibre 380, inicialmente atingindo Thays, que estava de costas. Willian tentou fugir pela calçada, mas o acusado aproximou-se com o veículo e realizou diversos outros disparos, sem dar chance de defesa às vítimas.

O procurador ressaltou que Carlos Alberto Bezerra tinha mantido um relacionamento amoroso com Thays por cerca de dois anos, caracterizado por um comportamento extremamente controlador e possessivo. Ele monitorava constantemente a vítima, mantendo uma lista com os nomes da agenda telefônica dela e verificando suas redes sociais para garantir que ela não estivesse envolvida com outra pessoa. O réu seguiu as vítimas até o local do crime e as surpreendeu com os disparos, uma ação que durou menos de 30 segundos, de acordo com a investigação.

Com a decisão do Tribunal de Justiça, o caso segue seu curso, e a data do julgamento pelo Tribunal do Júri será marcada, permitindo que o processo siga em direção a uma resolução judicial.

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Redação MT Política

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