Pautas de reforma agrária, armamento e fiscalização ambiental geram tensão entre agronegócio e presidente Lula, diz Blairo Maggi

O ex-ministro da Agricultura e ex-governador Blairo Maggi (PP) destacou em uma recente entrevista ao programa Caminhos da CNN que pautas como reforma agrária, armamento e fiscalização ambiental têm gerado tensão na relação entre o agronegócio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Maggi, que é uma figura influente no setor agropecuário, apontou divergências significativas entre as políticas do governo e as demandas dos agricultores.

“Para a agricultura, a questão da propriedade é muito cara e representa um sentimento muito forte. Sabemos que o partido do presidente defende outras abordagens, como a reforma agrária e até mesmo invasões, o que causa bastante desconforto no setor agrícola”, ressaltou Maggi durante a entrevista.

Além disso, o ex-ministro também abordou a questão do armamento, afirmando que embora seja contrário à ampla liberação de armas, é fundamental que os agricultores tenham meios de defesa em regiões remotas e distantes das áreas urbanas. Essa divergência em relação à política de armamento é outro ponto de discordância entre o governo e o setor agrícola.

Outro aspecto destacado por Maggi que afeta a relação entre o governo e o agronegócio é a fiscalização no campo, que frequentemente é percebida como rigorosa e até hostil pelos agricultores. Ele mencionou que as questões relacionadas ao meio ambiente também geram pressões significativas sobre os produtores rurais.

No entanto, o ex-ministro reconheceu que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), tem desempenhado um papel importante na abertura do diálogo e que a política agrícola do governo atual não tem sido amplamente criticada pelo setor produtivo.

Blairo Maggi, que governou o estado de Mato Grosso de 2003 a 2010 e posteriormente se tornou senador da República, lembrou que foi alvo da Operação Ararath em 2014, mas conseguiu arquivar todas as denúncias. Em 2016, assumiu o cargo de ministro da Agricultura durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a ascensão de Michel Temer (MDB). Sua trajetória política e sua experiência no setor agropecuário lhe conferem uma perspectiva única sobre as questões que envolvem o agronegócio no Brasil.

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Roselaine dos Anjos

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