Um dos alvos da Operação Piraim, que cumpriu ordens judiciais contra um grupo envolvido nos crimes de extorsão e associação criminosa em Cuiabá, na semana passada, teve o mandado de prisão cumprido nesta segunda-feira (25.09) após se apresentar na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos da Capital.
Sérgio da Silva Cordeiro e outros cinco investigados tiveram as prisões preventivas decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá com base em investigação da Polícia Civil pelo crime de extorsão, mediante restrição de liberdade, e associação criminosa. Dois investigados foram presos no dia da deflagração da Operação Piraim, em 20 de setembro.
O grupo é alvo de inquérito na Derf da Capital depois de açoitar uma vítima, em maio deste ano, e divulgar imagens da ação criminosa. As agressões físicas, desferidas com uso de um chicote, foram gravadas em vídeo pelos próprios criminosos e expostas na internet, no mês de agosto, e se propagaram pelo País.
São procurados pela Polícia Civil: José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e Guilherme Augusto Ribeiro. Denúncias que possam levar ao paradeiro dos foragidos podem ser feitas ao número 197, com sigilo garantido.
Crimes
A investigação da Derf Cuiabá apurou que a vítima foi abordada pelo grupo criminoso na Avenida República do Líbano, no estacionamento de um posto de combustíveis, na Capital. Na sequência, o pai da vítima recebeu uma ligação telefônica, feita do aparelho celular do filho, onde o interlocutor dizia que credores queriam receber dívidas contraídas pela vítima. O pai chegou a oferecer um veículo avaliado em R$ 80 mil, contudo, os criminosos disseram que a camionete não quitaria a dívida.
A vítima, receosa pela sua integridade física e de seus familiares isentou os criminosos no dia em que foram conduzidos à delegacia, em flagrante.
A investigação apurou que um dos criminosos, B.R.P. foi o responsável por armar o encontro com a vítima e, no local combinado, restringiram a liberdade e iniciaram as extorsões e agressões. A vítima permaneceu por horas em poder dos criminosos sendo agredida. “As ações foram registradas com a finalidade de humilhar e difundir o modo de execução do crime com o anseio de assumirem um papel de justiceiros”, explicou o delegado Guilherme de Carvalho Bertoli.
Os quatro ‘cobradores’ foram os executores das agressões contra a vítima e agiram a mando dos investigados B.R.P., de 39 anos, e R.G.D.S., de 35 anos, e teriam comissões caso conseguissem receber as dívidas.